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Convém ressaltar que o projeto Revitalizando o Espaço Escolar com o Plantio de
Árvores Frutíferas e Hortaliças deve promover, entre outras coisas, a Educação Ambiental a
fim de sensibilizar os alunos em relação aos hábitos alimentares,
promovendo a
sustentabilidade do meio ambiente. Em outras palavras, o ensino de ciências é construído para
lidamos com a prática, relacionada a teoria, considerando a organização, interação e a reação
dos fenômenos, respeitando a responsabilidade do individuo em relação à natureza.
Construir uma área verde na escola, no sentido de frutificar e plantar hortaliças é
permitir que os alunos adquiram novos valores, conhecimentos, atitudes, habilidades e
se orientem quanto ao estilo de vida e hábitos mais saudáveis, necessários para o ser
humano.
No entanto, para a inserção da sustentabilidade em sala de aula são necessárias
mudanças de postura nas políticas públicas brasileiras de modo a tornar possível a construção
de uma educação
mais justa e acolhedora, capaz de contribuir para a formação de cidadãos
éticos e solidários, despertando o espírito crítico e a tomada de decisões. Isso representaria
uma possibilidade de melhoria de vida para os que se encontram muitas vezes submetidos a
problemas decorrentes das vulnerabilidades socioambientais. Esta necessidade de mudança
vem sendo apontada desde o documento de introdução aos Parâmetros Curriculares
Nacionais:
Não se pode deixar de levar em conta que, na atual realidade
brasileira, a profunda estratificação social e a injusta distribuição de
renda têm funcionado como um
entrave para que uma parte
considerável da população possa fazer valer os seus direitos e
interesses fundamentais (BRASIL, 1997b, p. 27).
Nessa perspectiva, os Parâmetros Curriculares Nacionais: Meio Ambiente, Saúde
apontam que, no ambiente escolar, é possível
desenvolver atitudes, através de pequenas ações,
que fomentem o desencadeamento do desejo de participação, a despeito da amplitude que
possam ter esses problemas. Mas para isso é necessário que as escolas apresentem estrutura e
professores capacitados para que possam receber adequadamente essas propostas e executá-
las (BRASIL, 1997b). Para tal, precisa estar articulada a um conjunto de restruturações
políticas e ações, no âmbito federal, estadual e municipal. Esses ajustes devem permitir a
efetivação de princípios, metas e objetivos em torno dos quais a sustentabilidade se organiza,
de maneira a controlar os obstáculos que impedem o seu desenvolvimento em todas as
dimensões,
relacionando aqui
a ideia do economista brasileiro Celso Furtado que defende
uma nova concepção de desenvolvimento incorporada na preocupação com a exaustão dos
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recursos naturais não renováveis do planeta, na ideia de que o “verdadeiro
desenvolvimento” está estreitamente relacionada com a noção contemporânea de
desenvolvimento sustentável,
Desse modo, o desenvolvimento do projeto irá estimular a capacidade e o
desenvolvimento do indivíduo, promovendo o conhecimento, o
despertar da criatividade e
sensibilidade, além de permitir o acesso à cultura e tecnologia, dinâmica que precisa ser
aplicada por toda a existência, possibilitando transformar o espaço escolar em espaço vivo,
colaborando para mudanças significativas no ensino e para a formação dos alunos como seres
autônomos, conscientes, reflexivos e participativos na sua própria formação através de
aprendizagens concretas e significativas.
vale ainda acrescentar que no projeto será trabalhado ações conjuntas que
apresentando propostas diretivas para a
realidade do ambiente escolar, contemplando
propostas para o alcance de seus reais interesses e necessidades. Tais propostas serão
orientadas de maneira que se apresente numa perspectiva inclusiva, em que todos os
educandos tenham direito de aprender e de melhorar a sua qualidade de vida a partir da
educação e do bem-estar sócio ambiental de forma a viver, morar, aprender, cuidar, incluir e
interagir de modo responsável com o meio ambiente.
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