conhecidos o Brasil, a Argentina, o México e os chamados Tigres Asiáticos, situados na bacia do Pacífico-Cingapura,
Coreia do Sul, Indonésia, Malásia, Tailândia, Taiwan e Hong Kong (região que, ao contrário das demais, destaca-se
pela presença de um importante polo financeiro mundial e que desde 1842
pertencia ao Reino Unido, passando ao
domínio da China em 1997).
Esses polos receberam investimentos diretos (fábricas de automóveis, computadores, eletroeletrônicos, entre ou-
tros) de países desenvolvidos como os Estados Unidos e a Alemanha, no caso dos três
primeiros, e, principalmente, o
Japão, no caso dos Tigres, por apresentarem condições específicas que atendiam às demandas do capital internacional:
recursos naturais, mão de obra barata, incentivos fiscais, mercado consumidor potencial
e possibilidade de remessas
de lucro às sedes das empresas.
Outro importante elemento da ordem econômica mundial diz respeito às inovações tecnológicas. Elas estão desenhan-
do um novo regime de produção e de acumulação do capital, ao incorporar pesquisas científicas e desenvolvimento de
equipamentos e recursos tecnológicos – ciência e tecnologia (C&T) – bem como mercadorias, ou seja,
o conhecimento
do como realizar tarefas e fazer produtos também é vendido como mercadoria para empresas e pessoas.
A combinação de inovações tecnológicas, que acelerem a produção, com a dispersão da fabricação de componentes
de um produto final por vários países é chamada por alguns estudiosos de globalização da economia.
A ordem econômica mundial é a soma das ações de países, empresas transnacionais e ONGs. Aos países, cabe a
execução de políticas promotoras do desenvolvimento econômico e social de sua população. Seus governos podem adotar
políticas mais abertas para as importações e para o ingresso de capital estrangeiro – cobrando menos impostos dos novos
investidores e permitindo que enviem para seus países grande parte dos lucros – ou políticas protecionistas –, implemen-
tando medidas que objetivam fechar o mercado para produtos importados e incentivar o desenvolvimento interno.
Os países regulam as ações comerciais internacionais por meio da Organização Mundial do Comércio (OMC), criada
em 1995 em substituição ao GATT, iniciais da expressão inglesa cuja tradução é Acordo Geral de Tarifas e Comércio.
Mais de 120 países integram a OMC, que tem tentado estabelecer normas internacionais que atenuem o protecionismo
e facilitem o livre-comércio.
As iniciativas desse organismo internacional têm sido, contudo, de difícil implementação. Os países
ricos resistem
em abrir segmentos que consideram importantes ao ingresso de produtos originários de países mais pobres e, ao mesmo
tempo, impõem-lhes a abertura total de seus mercados. Enquanto essa distorção não for corrigida, a OMC terá que
promover muitas novas rodadas de negociação.
A ação das transnacionais poderia ser traduzida pela lógica da obtenção de maiores ganhos com a instalação de
fábricas por diversos pontos do globo. Dada a grande capacidade de produção e a dispersão de consumidores pelo
mundo, as empresas e os países têm interesse na criação de blocos econômicos. Eles permitem ampliar as chances de
negócio ao favorecer trocas comerciais com menos restrições.
Já às organizações não governamentais (ONGs) cabe o papel de representar a população nessa teia de interesses.
Sendo entidades civis sem fins lucrativos e sem ligações com governos,
partidos ou sindicatos, as ONGs procuram
defender os interesses da população civil frente ao Estado nos mais diversos setores: direitos de cidadania, proteção
ao meio ambiente, defesa da democracia, combate à discriminação racial, sexual, religiosa etc. A atuação
das ONGs
pode ser de âmbito nacional ou internacional. Entre as mais destacadas internacionalmente estão a Anistia Internacional
(AI), o Greenpeace, o Médicos sem Fronteiras e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). No Brasil, destacam-se o
Instituto Socioambiental (ISA) e a SOS Mata Atlântica, entre inúmeras outras. [...]
A compra e venda de ações também integra a ordem financeira internacional. Os investidores procuram aplicar seus
ativos em diversos países e negócios, de modo a otimizar seus ganhos. O volume de transações (compra e venda de
ações de empresas) registrado em uma bolsa de valores é um indicador da situação econômica de um país.
Quando
o pregão é positivo, ele indica que houve ingresso de capital, o que representa uma valorização de parte das ações
negociadas. Ao contrário, quando o volume de negócios cai, houve desvalorização e fuga de capital.
As principais bolsas de valores do mundo têm índices para aferir esse dinâmico mercado de capitais. A de Nova
Iorque, por exemplo, possui o Dow Jones, que mede a variação das 30 ações mais negociadas da chamada velha eco-
nomia, aquela que está voltada para atividades tradicionais como a produção de automóveis e eletrodomésticos. Outro
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