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Nessa charge, produzida em 2016, o cartunista Vicente Mendonça satiriza a ineficácia das medidas
propostas pelo último presidente soviético, Mikhail Gorbatchev (1931), que foram pensadas para
sustentar o regime socialista, mas culminaram na dissolução da União Soviética.
A extinção da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e a reaproximação entre países da Europa
Oriental e as potências capitalistas levaram o socialismo a enfraquecer em escala mundial. A velha
ordem bipolar, caracterizada pela oposição entre capitalismo e socialismo, deu lugar a uma nova
realidade geopolítica. Atualmente, apenas alguns países adotam o regime socialista, entre eles
China, Coreia do Norte e Cuba.
A crise soviética propiciou a aproximação socioeconômica entre Itália, França e Alemanha, o que
resultou na criação da
União Europeia (UE)
e tornou possível que esses países, ao lado do Japão,
passassem a dividir com os Estados Unidos a hegemonia mundial no plano econômico.
A UE, antiga Comunidade Econômica Europeia, surgiu no começo do período da Guerra Fria e para
que os países da Europa Ocidental conseguissem auxiliar-se mutuamente e promover a
reconstrução de suas economias. Nas últimas décadas, a UE consolidou-se e tornou-se o maior
bloco econômico do mundo, como veremos no Capítulo 6.
Assim como os países da Europa Ocidental, o Japão recebeu no pós-guerra grandes investimentos
do governo estadunidense, o que possibilitou reerguer a economia do país. No início da década de
1980, o Japão já despontava como a segunda economia mundial, atrás apenas dos Estados Unidos.
Diante dessa nova estruturação socioeconômica, surgiu, no início da década de 1990, uma nova
ordem geopolítica mundial, formada por vários polos ou centros de poder, entre os quais se
destacam os Estados Unidos, a UE e o Japão. Essa realidade global comandada de maneira
hegemônica pelo sistema econômico capitalista constitui o chamado
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