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A Europa foi dividida, então, da seguinte forma no pós-guerra: de um lado, os países capitalistas,
que estavam sob a influência estadunidense, formavam o bloco da Europa Ocidental; de outro, os
países socialistas, sob a influência soviética, configuravam o bloco da Europa Oriental. Observe o
mapa na página anterior.
Os Estados Unidos na economia mundial
A hegemonia econômica dos Estados Unidos já vinha se firmando antes mesmo do fim da Segunda
Guerra Mundial e do estabelecimento do Plano Marshall. A
Conferência de Bretton Woods,
realizada nos Estados Unidos, em 1944, reuniu os presidentes dos países Aliados e teve como
principal objetivo planejar a estabilização da economia mundial, então abalada pela guerra. Entre
as principais decisões tomadas nessa conferência, destacam-se: o dólar estadunidense tornou-se a
moeda de referência no mercado internacional – ou seja, o valor das mercadorias comercializadas
entre os países passou a ser definido não mais pela libra esterlina inglesa, como ocorria até então,
mas pela cotação do dólar no mercado mundial; foram criadas duas organizações financeiras
mundiais, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional para Reconstrução e
Desenvolvimento (Bird), cuja função era fornecer empréstimos financeiros aos países em
dificuldades econômicas; foi instalado o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt), órgão
supranacional que passaria a regular o comércio internacional. Ainda que tenham auxiliado a
reconstrução não somente dos países afetados pela guerra, mas também de muitos países
subdesenvolvidos, esses organismos internacionais ajudaram a consolidar a supremacia política e
econômica dos Estados Unidos, pois a maior parte dos fundos destinados aos empréstimos vinha
de seus cofres.
Yuri Gripas/AFP
Sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, Estados Unidos, 2011. Criado em 1944, o FMI é formado por 188
países-membros, entre eles, o Brasil.
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