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ficamos surpreendidos com a quantidade de nomes desconheci-
dos
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. De facto, se tivermos em conta a sua quantidade, por um lado,
e, por outro, a quase total ausência de obra identificada e de escritos
sobre elas, verificamos que, na maior parte dos casos, ser mulher não
as transformou em objecto de maior curiosidade ou valorização. Pelo
contrário, poderíamos afirmar que este conjunto de nomes sem obra e
sem história exemplifica bem o problema com o qual se têm deparado
tantos historiadores da arte, a tentar escrever textos plenos de ausên-
cias e silêncios – de obras que não foram catalogadas nem restauradas,
de vidas que não foram biografadas, de artistas cuja omissão, no passa-
do, marca inevitavelmente o esquecimento no futuro.
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