De Musas a Artistas: as Mulheres e a Arte (24 a 28 de Janeiro de 2005,
Fundação de Serralves, Porto) que me surgiu a ideia de fazer este livro.
O facto de, na altura, estar a viver em Florença e de poder trabalhar na
excelente biblioteca do Kunsthistorisches Institut foi determinante
para a escrita do capítulo sobre as pintoras italianas dos séculos XVI
e XVII. Depois de vários anos de interregno, só em 2009, e já a vi-
ver em Londres no âmbito de um pós-doutoramento, é que regressei
à investigação para este livro.
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O Ricardo Álvaro, poeta e consultor editorial da Babel, foi a pri-
meira peça, fundamental, no processo de publicação. Foi ele que suge-
riu e organizou um encontro entre mim e a Dalila Rodrigues, respon-
sável pela chancela editorial
Athena do grupo editorial Babel. À Dalila
Rodrigues, agradeço o entusiasmo com que acolheu o meu manuscrito
e como tornou possível que ele se transformasse em livro. A simpatia e
o profissionalismo da Dalila e do seu assistente editorial, Sebastião Sena
Esteves, tornaram muito agradável todo o nosso trabalho conjunto.
Este livro também beneficiou muito do enorme saber e experiência do
revisor António Massano. Pela admiração que tenho pelo seu trabalho
e pelo apreço pessoal que para com ele sinto, ter o Delfim Sardo a escre-
ver-me o prefácio foi para mim um privilégio.
Várias pessoas contribuíram para o processo de escrita em si,
com conversas, leituras do manuscrito ou revisões das traduções: à
Ana Vasconcelos e Melo, do CAM da Fundação Gulbenkian, agrade-
ço todo o interesse por este projecto e a leitura estimulante e atenta
do manuscrito; à Marta Varanda, com quem tenho a sorte de parti-
lhar um gabinete no Instituto de Ciências Sociais da Universidade
de Lisboa (ICS-UL), agradeço a leitura da introdução (além de todo
o apoio indirecto feito da sua amizade quotidiana); à Inês Versos, co-
lega de universidade e amiga, agradeço a leitura que fez do primeiro
esboço deste trabalho, o artigo “A Arte sem História. Mulheres artis-
tas (séculos XVI-XVII)”, que publiquei na revista
Artis, a convite de
Vítor Serrão, amigo que tanto me apoiou ao longo dos anos; com o
João Pedro George, querido amigo, partilho um interesse por temas
“marginais”; ao Riccardo Marchi, meu colega no ICS, o meu obri-
gado pela revisão das minhas traduções de italiano para português;
agradeço também a colaboração da minha amiga Paula Gonçalves
na realização do índice onomástico e da bibliografia; à Ana Paula
Machado, do Museu Nacional de Soares dos Reis, estou grata pelos
esclarecimentos e as informações que me deu sobre as colecções do
museu e de outros espaços de exposição. À minha mãe, Ana Vicen-
te, e ao Diogo Ramada Curto, agradeço terem tido a paciência de
ler todo o manuscrito. As minhas filhas, a Maria, de nove anos, e a
Madalena, de seis anos, com a sua infinita curiosidade e tolerância
para com a diversidade do mundo, são a força constante para todos
os meus projectos de vida. Se durante uma determinada altura me
perguntavam como é que estava a correr o livro, nos últimos meses
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passaram a perguntar-me: “Porque é que a mãe nunca mais acaba o livro?”
Ao longo da escrita deste livro, pensei muitas vezes nos percursos de
vida da minha trisavó, Bessie Rayner Parkes (1829-1925), da minha
bisavó, Marie Belloc Lowndes (1868-1947), e da minha avó, Susan
Lowndes (1907-1993), todas elas escritoras, que desafiaram de mui-
tas formas os seus tempos.
O trabalho de organização das imagens também contou com a
ajuda de várias pessoas. Fernando Araújo, funcionário do departa-
mento informático do ICS, deu-me um apoio precioso com a repro-
dução do material iconográfico particular que utilizei no livro.
Aos comerciantes de postais, José Monteiro e Carlos Baptista, agra-
deço a forma como me ajudaram a datar postais e litografias. Ao Pedro
Costa Pinto, coordenador da Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio, o
meu muito obrigada por todo o apoio relativamente a algumas das ima-
gens. Ao João Melo Gouveia, obrigada. Com a Andreia Almeida, do
atelier Vivóeusébio, foi um prazer trabalhar na paginação deste livro.
Os pedidos de autorização para a reprodução das imagens revela-
ram-se uma tarefa especialmente árdua mas também muito gratificante,
sobretudo pela amabilidade de tantas das pessoas e instituições com que
contactei. Contudo, penso que seria muito vantajoso para todos que as
colecções públicas portuguesas tivessem autonomia para autorizar os
direitos de reprodução dos seus objectos, em vez de todos os pedidos
terem que reportar à instituição que tutela o museu, uma medida cen-
tralizadora que, a meu ver, acaba por duplicar o tempo e o trabalho de
todos os envolvidos. Finalmente, o meu muito obrigada a todos aqueles
museus, bibliotecas, arquivos, leiloeiras, universidades, câmaras munici-
pais, fundações de artistas, e mesmo artistas, como foi o caso de Mary
Beth Edelson, que forneceram imagens sem cobrarem direitos.
Apesar de este livro ter sido escrito à margem de qualquer pro-
jecto institucional de investigação e ser sobretudo um projecto pes-
soal, o muito tempo que lhe dediquei ao longo dos últimos sete anos,
primeiro em Florença, depois em Londres e agora em Lisboa, devo-
-o também ao apoio financeiro da instituição que tem sido central
em todo o meu percurso académico, a Fundação para a Ciência e a
Tecnologia (FCT). Quando consegui, finalmente, retomar a escrita
deste livro iniciado há tanto tempo, estava já a trabalhar como inves-
tigadora no ICS-UL. Aqui, encontrei o espaço de acolhimento e de
liberdade intelectual para lhe pôr um ponto final.
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