A sequência didática presente nesse objeto de aprendizagem tenta problematizar e lançar planos de ação sobre o tema: discriminação e estigma no ambiente escolar. Para isso a sequência fez uso dos cinco passos elaborados por Saviani (2008) que consiste na: prática social (empírico); problematização; instrumentalização; catarse e prática social (concreto). Na relação dialética entre conteúdo e forma, partimos da existência empírica do fenômeno, apresentado inicialmente apenas em sua aparência, para em seguida submetê-lo as abstrações teóricas de análise e aprofundamento do entendimento, para assim devolve-lo à pratica como concreto pensado, iluminado pelos procedimentos analíticos que desvendaram sua aparência. Em outras palavras, a segregação e a estigmatização é um fato e ocorre cotidianamente em sala de aula – verificável em situações de reivindicação de identidades sociais – sendo assim faz parte da realidade empírica dos alunos sentirem ou promoverem estigmatizações e é partindo disso que evocamos os autores no intuito de conceitualizar a prática, retirando-a do senso comum e mostrando aos educandos a origem e as consequências de tal prática para no ultimo momento devolver isso a realidade agora não mais como um empírico caótico mas sim um concreto pensado (SAVIANI, 2010). O objeto de aprendizagem em si ganhou forma graças ao trabalho desenvolvido com alunos do ensino médio da Escola Estadual Francisco Marques Pinto, município de Nova Granada, estado de São Paulo, durante os anos de 2012 à 2015.