DISCURSOS LITERÁRIOS E CINEMATOGRÁFICOS SOBRE O FEMININO: IDENTIDADE, FEMINISMO E REPRESENTAÇÃO ATRAVÉS DO FILME “AS HORAS”.
*Natália Gomes da S. Machado.
Graduanda em História- IFG.
nat.machado53@gmail.com
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo inicial entender o cinema não só como representação artística, mas como canal para exteriorização de mazelas sociais, expressões culturais, instrumento pedagógico e político, utilizado para a construção, rupturas e/ou manutenção de práticas sociais. Sendo assim compreendemos que o cinema é local de disputa política e ideológica e através da Teoria Feminista do Cinema buscaremos entender a luta por espaço de representação e a importância do discurso feminista cinematográfico para a história das mulheres. Nesse sentido analisaremos o filme “As Horas”, dirigido por Stephen Daldry, que é uma adaptação do livro homônimo de Michael Cunningham. Através da intertextualidade com a obra Mrs. Dalloway de Virginia Woolf, o livro e o filme criam as linhas gerais para se falar da insatisfação feminina ocasionada pelo contexto social repressor, exteriorizado nos quadros clínicos de depressão nas décadas de 1920, 1950 e 2000. Através da análise da linguagem cinematográfica em diálogo com a obra literária vislumbramos aqui identificar a contribuição do filme supracitado para o entendimento do lugar feminino no cinema como ação de resistência e denúncia às opressões das convenções sociais sobre a mulher no cotidiano.
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