UNIVERSIDADE DE ÉVORA
ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA E EDUCAÇÃO
A Presença das Narrativas Tradicionais no Imaginário dos Jovens em Idade Escolar
Maria da Luz Lima Sales
Orientação: Professora Doutora Ângela Balça
Mestrado em Ciências da Educação
Área de especialização: Avaliação Educacional
Dissertação
Évora, 2014
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA E EDUCAÇÃO
A Presença das Narrativas Tradicionais no Imaginário dos Jovens em Idade Escolar
Maria da Luz Lima Sales
Orientação: Professora Doutora Ângela Balça
Mestrado em Ciências da Educação
Área de especialização: Avaliação Educacional
Dissertação
Évora, 2014
A Carolina, minha mãe e maior contadora de histórias.
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
(Vou-me embora pra Pasárgada, Manuel Bandeira)
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade
E a fecundá-la decorre
Embaixo, a vida, metade
De nada, morre
(Ulisses, Fernando Pessoa)
Agradecimentos
A Deus,
A minha orientadora Professora Doutora Ângela Balça, por toda a atenção e dedicação,
A meus pais, Carolina Sales e Francisco Sales, por seu amor e carinho sempre manifestados,
A Paulo Bentes e a Mateus Bentes, pelo amor, carinho e grande ajuda,
A Paulo Rafael Cardoso, Andreza Flexa, Hamílton Nogueira, Juscélio Pantoja, Jose Pantoja, Rosa Bentes, Leila Sodré, Nazaré Soares, Michelle Pitton e Zuíla Oliveira, pelo apoio nas horas de muita precisão,
A meus professores da Universidade de Évora, em especial, a José d’Orey e a Ricardo Mira, pela delicadeza e consideração
E a todos que me ajudaram, direta ou indiretamente, neste trabalho, muito obrigada!
Resumo
O trabalho em tela, de natureza qualitativa, objetiva o estudo do imaginário a respeito das personagens fantásticas de mitos e lendas de Colares, no Pará. Cidade esta que ainda mantém o hábito da contação de histórias tradicionais e traz elementos indígenas, como a pajelança cabocla, identificada com outras religiões miscigenadas no Brasil.
Para este estudo, procedemos a entrevistas com jovens do segundo ano do Ensino Médio de uma escola pública local, com idades entre dezesseis e dezoito anos, a fim de investigarmos os sentimentos e as sensações desencadeados pela leitura ou audição das narrativas, enfatizando o medo e as crenças. Ao mesclarem realidade e ficção, essas histórias, utilizadas com tendência moralizante, fazem parte do inconsciente da comunidade, enquanto resíduos de culturas imemoriais transmitidas de geração a geração por meio da narração, traduzindo os medos individuais e coletivos.
Nossa pesquisa verificou que o jovem preza as narrativas tradicionais e inclina-se a crer em figuras como o Boto, a Matintaperera e a Cobra Grande contidas nelas, pois as teme, e ainda que essas narrativas têm o efeito de aflorar problemas inconscientes trazendo-os até a consciência, funcionando como uma terapia que leva o leitor ou ouvinte à realização de sua personalidade.
PALAVRAS-CHAVE: Jovens, imaginário, narrativa tradicional, medo, crença.
Abstract
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