A
PÊNDICES
I
–
NOTA
16
O Professor B.C. Parekh, da Universidade de Hull, Inglaterra, gentilmente chamou a minha atenção para
a seguinte passagem da parte sobre Feuerbach do livro “German ldeology” (1846) de Marx e Engels, a respeito do
qual Engels escreveu mais tarde: “A parte terminada... apenas prova quão incompleto era naquela época o nosso
conhecimento da história econômica”. Tanto para a produção em massa dessa consciência comunista, como
para o sucesso da própria causa, a transformação do homem (des Menschen) a nível de massa é necessária,
uma transformação que só poderá realizar-se em um movimento prático, uma “revolução”, essa revolução é
portanto necessária, não apenas porque as classes dominantes não podem ser derrubadas de nenhuma outra
maneira, mas também porque somente através de uma revolução poderão as classes que as derrubarem
conseguir livrar-se da ferrugem do tempo e tornarem-se aptas a fundar uma nova sociedade”. (Citado da edição
de R. Pascal, Nova Iorque, 196O, pp. XV a 69). Mesmo nessas observações, pode-se dizer, pré-marxistas, a
distinção entre as posições de Marx e de Sartre é evidente. Marx fala da “transformação em massa do homem”, e
de uma “produção em massa de consciência”, não da liberação do indivíduo através de um ato isolado de
violência. (Para o texto em alemão, ver Marx/Engels, Gesamtausgabe, 1932, I. Abteilung, vol. 5, p.59 em diante).
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