UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
SUPERLOTAÇÃO DO ABRIGO DE ANIMAIS SUÍPA E
OS “ANIMAIS DESCARTÁVEIS”:
COMO MINIMIZAR ESSE PROBLEMA CULTURAL?
LTU
ALUNA: RENATA CAPITANI DE SENNA BRAUER
DATA: 16/05/2015
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DELIMITAÇÃO TEMÁTICA
No ano de 1500 Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil. Uma terra cheia de plantas, animais e índios. Os livros de história no Brasil trazem essa versão. Recentemente, Villa (2015) afirma que Duarte Pacheco Pereira – o Grande – descobriu o Brasil quase dois anos antes em uma expedição secreta, pois a litoral entre o Pará e o Maranhão, primeiro local onde desembarcou, era de propriedade espanhola. Se há dúvidas de quem descobriu esse imenso país, não há dúvidas que quem chegou encontrou imensa fauna e flora.
Tal fauna e flora brasileiras vem constantemente diminuindo. A cada ano o desmatamento aumenta, bem como aumenta o número de animais em extinção no Brasil. Por outro lado, o mercado Pet brasileiro movimenta mais de 10 bilhões de dólares por ano (Scheller, 2015), atrás apenas dos Estados Unidos. A tendência é aumentar ainda mais esse mercado, como pode se observar na figura a seguir:
Figura 1: A força dos animais
Fonte: Scheller (2015).
Se por um lado, parece que a sociedade brasileira ama os animais, por outro lado é difícil entender como milhares de animais são sacrificados, ou deixados na rua ou em abrigos para animais. A SUIPA - Sociedade União Infantil Protetora dos Animais, fundada em 1943, conhece de perto esses problemas.
“Somos criticados por não matar, pela superpopulação do nosso abrigo, mas dormimos com a consciência tranquila. Fazemos o máximo possível para salvar e proteger as vidas que estão sob a nossa guarda. A SUIPA abriga, atualmente, cerca de 6.500 animais, a maioria cães e gatos. O abandono acontece sob vários disfarces. Conheça apenas alguns deles que nos são apresentados todos os dias:
mudança de endereço
animal idoso
problemas de "odor"
nascimento de bebês
necessidade de tratamentos médicos
separação de casal
desemprego
despejo
Há também os que entregam seus animais MENTINDO ao dizer que os encontraram na rua. Quando viram as costas e voltam para as suas casas, os animais UIVAM de tristeza, entram em DEPRESSÃO e MORREM (SUÍPA, 2015, p. 1)
Se para adotar uma criança existe uma enorme burocracia para evitar que os pais não biológicos tenha capacidade psicológica, sociológica e financeira de criar e educar uma pessoa, independente dos problemas ou doenças que possam ocorrer no futuro, não há nada relacionado à adoção de animas. Assim, pessoas sem a capacidade necessária podem adotar lindos filhotes por uma série de motivos, dentre eles a carência. Ao passar o tempo, não havendo mais interesse no animal, podem tranquilamente optar por sacrificá-los ou para abandoná-los em um abrigo. Esse egoísmo poderia ser minimizados com lei, mas também com educação.
JUSTIFICATIVA
Assim como cresce o montante de reais investidos no mercado pet, cresce também o sacrifício e abandono de animais. Criar mais ou maiores abrigos de animais seria focar no sintoma do problema. Entender o porquê do abandono e tentar minimizá-lo seria mirar na causa desse crescente problema nacional. Após pesquisa nas bases de dados Scielo e Google Scholar, não foram encontradas pesquisas com temática semelhante. Assim, a pesquisa pode contribuir teoricamente para o avanço do conhecimento científico no tema, bem como pode contribuir para a solução prática de um problema crescente no Brasil.
METODOLOGIA
A pesquisa será qualitativa e a coleta de dados será feita por entrevistas semi-estruturadas. As perguntas da entrevista serão elaboradas a partir do levantamento bibliográfico feito. Os dados serão analisados pela técnica de análise de conteúdo.
OBJETIVOS
Primário:
Levantar, junto à Sociólogos e Educadores, formas de conscientizar a sociedade da responsabilidade de comprar/adotar um animal de estimação.
Secundários:
Elaborar uma cartilha de conscientização das responsabilidades do indivíduo que compra/adora um animal de estimação.
Elaborar um projeto de lei estadual para ser apresentação à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, no qual o indivíduo que compra ou adota um animal deve assinar um termo de compromisso que conste as responsabilidades que tem perante o animal, bem como a configuração de crime para quem abandona um animal de estimação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SCHELLER, F. Mercado Pet dribla crise econômica. Fonte: . Acesso em 16/05/2015.
SUIPA. Como tudo começou. Fonte: . Acesso em 16/05/2015.
VILLA, M. A. Invasão do Brasil: não foi Cabral quem "descobriu" o Brasil. Fonte: >. Acesso em 16/05/2015.
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