157
Forças nos movimentos circulares variados
Em parques de diversões, há vários brinquedos em que somos postos a girar, com uma velocidade compatível e minimamente desconfortável para nossa estrutura física. Entretanto, é o limite desse desconforto que provoca a emoção. Sentados em cadeiras giratórias, fixos em plataformas girantes ou apoiados em estruturas que realizam rodopios, temos a sensação de que seremos lançados dos brinquedos.
CRÉDITO: Corel Stock Photo
LEGENDA DAS FOTOGRAFIAS: Os movimentos circulares são comuns em brinquedos de parques de diversões.
CRÉDITO: Photodisc/Getty Images
Nessas situações, parece haver uma força que nos empurra para fora da curva que esses brinquedos estão realizando. Essa força, na realidade, não existe. Trata-se apenas de um dos diversos efeitos da inércia, fazendo que sejamos pressionados contra a estrutura interna dos brinquedos, que nos segura, uma vez que nossos corpos tenderiam a permanecer num movimento tangente à curva.
Para o corpo apoiado no encosto da poltrona do brinquedo girante, a força que a faz descrever a curva é orientada na direção interna da curva.
No movimento circular uniforme, a resultante das forças que agem sobre o corpo é orientada para o centro da trajetória, que é uma circunferência. Porém, nos movimentos curvilíneos variados, a força resultante não é orientada para o centro da trajetória. Vejamos um exemplo.
Seja um corpo de massa m que descreve uma circunferência de raio R em movimento não uniforme. Nessas condições, ele está sujeito a duas acelerações:
CRÉDITO DAS ILUSTRAÇÕES: Editoria de Arte
Utilizando a 2ª lei de Newton, podemos obter a expressão da força resultante que age sobre o corpo.
FR = Ft + Fcp em módulo FR2 = Ft2 + Fcp2
Observe que a força FR é formada por dois componentes: força tangencial Ft e força centrípeta Fcp.
A força tangencial tem a mesma direção da aceleração vetorial (tangente à trajetória) e é responsável pela variação do módulo do vetor velocidade v, isto é, produz aceleração tangencial.
Ft = mat em módulo Ft = mat
A força centrípeta, como já vimos, é dirigida para o centro e tem como função fazer variar a direção do vetor velocidade, obrigando o corpo a descrever uma trajetória curva.
Fcp = macp em módulo Fcp = mv²/R
158
Quando o movimento é acelerado (o módulo da velocidade está aumentando), a força tangencial tem o mesmo sentido da velocidade vetorial. Quando o movimento é retardado, a força tangencial tem o sentido contrário ao da velocidade vetorial.
Boxe complementar:
PENSE E RESPONDA
Compartilhe com seus amigos: |