Entre 3 e 4 anos, quando o nome próprio frequenta as salas de aula como elemento de
base para o processo de alfabetização, esse texto — o nome próprio — pode receber um
tratamento literário. O professor pode fazer entre os pais uma pesquisa sobre a forma como
escolheram os nomes de seus filhos e pedir que escrevam essas histórias, que depois serão
lidas em classe. Os textos dos pais podem vir a compor o “Livro das histórias dos nomes”
dos alunos da turma.
Já aos 5 e 6 anos, quando muitos alunos ainda não escrevem convencionalmente, o pro-
fessor pode propor a criação oral, coletiva, de uma história que envolva um fato ligado ao dia
a dia da escola, como uma festa junina, uma excursão ou um evento esportivo. A proposta
pode se valer da criação de uma aventura vivida por um personagem imaginário que tivesse
tomado parte em qualquer um desses acontecimentos. Essa história, registrada pelo profes-
sor enquanto é produzida (inventada, revisada e concluída), deve ter o realismo como exi-
gência para sua criação, ou seja, deve ser baseada em experiências dos alunos que estiveram
efetivamente presentes. Depois de pronta, ela pode ser ilustrada e lida para outras classes.
Livros como Histórias de avô e avó, em que o autor narra memórias de sua convivência
com os avós, são um exemplo de textos de base realista que divertem e emocionam. Nas pri-
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