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Há alguns anos atrás, logo após a perda de
meu pai por um infarto, fui acometido de
algumas dores em meu braço esquerdo e fiquei
muito preocupado, pois diz os médicos ser esse
um possível sintoma de alerta de que algo no
coração pode estar errado.
Após procurar um cardiologista e me
submeter a uma simples e rápida aferição da
pressão, foi percebido uma alarmante alteração
do que seriam os números normais de minha
pressão arterial. Sem saber até então o motivo, o
médico iniciou um processo de perguntas como
passos para chegar à causa de tal anormalidade.
A princípio não sabíamos o motivo, mas depois
de algumas perguntas como: “você é fumante?”,
“já sentiu isso outras vezes?”, entre outras que
não nos trouxeram respostas o médico foi
assertivo ao me perguntar: “aconteceu algo
recentemente que pode ter lhe deixado nervoso,
ansioso ou stressado?”. Aí estava a resposta!
Então lhe falei do recente falecimento de meu
pai e como isso afetou a todos. Diante dos
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exames e da conversa fui diagnosticado com
“stress pós-traumático”.
Com o diagnóstico do que haveria causado
esse conflito em meu físico e em minha alma,
precisávamos agora partir para a solução. Foi
então que fui submetido a uma rigorosa dieta,
indicado a prática de exercícios físicos além de
medicamentos controlados.
Quando enfrentamos dias de perplexidade
por motivo de conflitos que chegam sem avisar,
sem marcar hora nem dia, ficamos refém de duas
perguntas: “qual o motivo, e qual a solução”.
Enquanto não temos respostas para essas
questões não encontramos paz, tão pouco
segurança para vencer a batalha. Porque se não
sabemos o porquê da guerra, como podemos
combatê-la? Que armas podemos usar com
eficácia?
Mas, e quando nós já sabemos o motivo do
conflito? Ainda podemos estar debruçados sobre
a seguinte indagação: “onde está a solução?”. E
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assim como sofremos e andamos inquietos por
não saber a causa do problema, podemos
também desanimar ou desistir de lutar mesmo
que já saibamos a causa do conflito.
É provável que você esteja agora passando
por um grande conflito e não saiba ainda sua
natureza ou motivo e por isso está lendo esse
livro. Talvez você seja aquela pessoa que chegou
nesse terceiro capítulo com o diagnóstico de sua
guerra, mas não tem ideia de como vai vencê-la e
se pergunta onde está a solução. A boa notícia é
que a solução pode estar mais perto do que você
imagina.
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