Pág.06
Terça-Feira, 07 de Julho de 2020
Arnaldo Frigo, ícone
da crônica esportiva
de Araraquara
Arnaldo Frigo, um dos fundadores da ACEA
(Foto: Jonas Bezerra)
Natural de Novo Horizonte, Arnaldo Frigo chegou,
em 1936, ainda garoto em Araraquara, em 1936. Seus
pais Eliza e José Frigo tinham um comércio de secos &
molhados.
Em 1957, casa-se Dulce Pisionelli Frigo com quem tem
os filhos Luís Arnaldo, Sérgio Alexandre, Paulo Rober-
to e Fernando. Justamente no dia 31 de março de 1964,
toda família muda-se para São Paulo. “Estava choven-
do muito. Quando estávamos chegando a São Paulo,
víamos tanques do Exército circulando pelas ruas. Não
estávamos entendendo nada. Depois fui saber de que
se tratava do Golpe Militar”, recorda.
Coincidentemente, Frigo fica até 1985, trabalhando
em várias empresas do ramo alimentício na Capital -
justamente o período que corresponde ao regime dita-
torial. Durante sua vida, ele trabalhou como comenta-
rista esportivo, foi diretor da LAF (Liga Araraquarense
de Futebol) e LAFS (Liga Araraquarense de Futebol de
Salão).
A ACEA
Sua história na crônica esportiva araraquarense está
intimamente ligada à ACEA (Associação dos Cronistas
Esportivos de Araraquara).
Em entrevista concedida em 2011, três anos antes de
sua morte, Frigo detalhou como a entidade surgiu. Ano
de 1949. “Entre os veículos de comunicação de Arara-
quara naquela época havia O Imparcial, Rádio Cultura e
Voz Araraquarense. José Benedito Gonçalves
dos Santos,
conhecido Jota Santos, veio de Taubaté para trabalhar
no Imparcial como colaborador. Aqui, notou que não
havia nenhuma entidade dos profissionais da imprensa.
Ele nos procurou para montarmos uma entidade. As reu-
niões aconteciam num bar em frente do Cine Odeon”.
Depois de várias reuniões, a ACEA foi criada. O seu pri-
meiro presidente foi o ameriliense Miguel Barbieri.