2130
ANÕES DE JARDIM, OBJETOS DO MAL E O LUGAR DE NÃO-COLEÇÕES
Marize Malta / Universidade Federal do Rio de Janeiro
Simpósio 1- A arte compartilhada: coleções, acervos e conexões com a história da arte
quatro óperas épicas, em que Alberich é líder dos nibelungos (os anões) e
guardião do tesouro do Reno, confirmando-os como a raça dos guardiões.
Pela cosmografia nórdica, o universo era composto por mortos, gigantes,
homens vivos, anões e deuses, os quais ocupavam espaços específicos
(FLAMARION, p.14). Os deuses habitavam Asgard, os homens viviam em
Midgard, os elfos luminosos, em Álfheim, os gigantes ficavam nas terras de
Jötunheim. Svartalfheim era um dos reinos dos anões, também conhecidos
como gnomos ou elfos escuros (MONIZ, p.42).
As várias gerações de anões provaram suas habilidades na execução de jóias
e armas para os deuses. Como excelentes forjadores, o anão Ivaldi e os filhos
de Eitri, competindo entre si, confeccionaram, os primeiros, cabelos de ouro
para Sif, mulher de Thor, uma lança mágica e um navio que, dobrado, poderia
caber em um bolso e, os segundos, um javali veloz com cerdas de ouro, um
poderoso martelo e um anel mágico. Thor ficaria com o martelo, Frey com o
javali e o navio, Odin com o anel e a lança.
Além de várias tragédias e disputas envolvendo deuses e anões, há uma
passagem em que um deles, o anão Alvis, casou-se com a filha de Thor
quando o mesmo se ausentara. Para livrar Thrud do mau destino, Thor
enganou o anão em uma disputa de charadas e, ao amanhecer, matou-o,
transformando-o em pedra. Parece ser o destino de muitos anões: no palácio
Mirabel; no conto de Lygia Fagundes Telles.
Compartilhe com seus amigos: |