e
ducação
a
mbiental
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Por fim, a seção IV relata os meios de implementação da agenda 21, que
segundo Kohler e Philippi Jr (2005) são orientações quanto aos recursos e
maneiras de implementação e também a prioridade das instituições quanto à
viabilidade das políticas de desenvolvimento.
A Agenda 21 apresenta-se como um documento que fornece subsídios e
orientações para iniciativas e ações na busca de melhor qualidade de vida
ambiental para todas as formas de vida do planeta, assim como a busca de um
desenvolvimento mais sustentável. No entanto, segundo Cordani, Marcovitch e
Salati (1997), esse documento falha em não atribuir metas a serem alcançadas
pelos países. Para esses autores, a ausência de metas, torna difícil a avaliação
periódica dos pressupostos propostos pela Agenda. Embora considerem
insuficientes, os autores reconhecem que avanços ocorreram no período de 92
a 97, período analisado por eles. Em 1997 ocorreu em Nova York a Rio+5
(SENADO FEDERAL, 2012), evento que marcava os últimos cinco anos após a
Rio-92 e tinha como propósito avaliar o progresso alcançado nesse período.
Dentre os avanços promovidos pela Agenda 21 e identificado na Rio+5
cita-se: crescimento do processo de globalização do mercado de capitais e do
investimento externo; diminuição da taxa de crescimento populacional mundial.
Com relação aos atrasos, nesse mesmo período, citam-se os padrões de
consumo da média da população mundial e os níveis de pobreza continuam
elevados e insustentáveis; a desigualdade de renda e a degradação ambiental
se ampliam no panorama global (KRANZ; MOURÃO, 1997 apud KOHLER;
PHILIPPI JR, 2005).
No Brasil, entre os avanços ocorridos nesse período, merecem destaque:
a conservação ambiental que passa a fazer parte dos discursos dos
governantes, empresas, universidades, organizações e sociedade civil, na busca
do equilíbrio com meio ambiente; o retorno do uso de matéria-prima natural pelas
empresas para facilitar a reciclagem quanto ao final de sua vida útil; a criação da
Associação Nacional dos Municípios em Meio Ambiente (ANAMMA) e adoção
de políticas públicas apropriadas voltadas a conservação ambiental (CORDANI;
MARCOVITCH; SALATI, 1997).
Em 2002, dez anos depois da Rio-92, a ONU realiza em Johanesburgo,
na África do Sul, a Rio+10. O objetivo foi revisar as metas da Agenda 21
estabelecida desde 1992, além de identificar e centrar os esforços nas áreas
mais carentes de investimentos para a possível implementação das medidas
citadas na Agenda (SENADO FEDERAL, 2012). A preservação ambiental em
prol das gerações futuras sempre foi o foco do desenvolvimento sustentável,
idealizado desde a Rio-92. Segundo Kohler e Philippi Jr (2005), o principal
objetivo dessa reunião foi definir objetivos e prazos para o cumprimento da
proteção do meio ambiente.
Revbea, São Paulo, V. 10, N
o
3: 69-81, 2015.
revista brasileira
de
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