blica no Brasil: sentidos e itinerários. São Paulo: Letra e Voz, 2016.
MEGUILL, Allan. Literatura e História. In: MALERBA, jurandir (Org.) História &
narrativa: a ciência e a arte da escrita histórica. Petrópolis: Vozes, 2016.
NAPOLITANO, Marcos. Historiografia, memória e história do regime militar brasi-
leiro. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, n.23, p.193-196, nov. 2004.
NICOLAZZI, Fernando. Como se deve ler a história? Leitura e legitimação na histo-
riografia moderna. Varia Historia, Belo Horizonte, v.26, n.44, p.523-545, jul./dez.
2010.
Os historiadores e seus públicos: desafios ao conhecimento histórico na era digital
151
Revista Brasileira de História, vol. 37, n
o
74
•
pp. 135-154
NICOLAZZI, Fernando. O historiador enquanto leitor: história da historiografia e
leitura da história. História da Historiografia, Ouro Preto, n.13, p.63-77, 2013.
PEREIRA, Mateus H. de F. Nova direita? Guerras de memória em tempos de Comissão
da Verdade (2012-2014). Varia Historia, Belo Horizonte, v.31, n.57, p.863-902, set./
dez. 2015.
REIS, josé C. Tempo, História e Compreensão Narrativa em Paul Ricoeur. Locus, juiz
de Fora, v.12, n.1, p.17-40, 2006.
RIFFATERRE, Michael. Essais de stylistique structurale. Paris: Flammarion, 1971.
RIGNEY, Ann. Introduction: Values, Responsibilities, History. In: RIGNEY, Ann;
LEERSSEN, joep (Ed.) Historians and Social Values. Amsterdam: Amsterdam Uni-
versity Press, 2000.
ROSE, jonathan. Rereading the English Common Reader: a preface to a history of
audiences. Journal of the History of Ideas, v.53, n.1, p.47-70, 1992.
ROSENZWEIG, Roy. Scarcity or Abundance? Preserving the past in a digital era.
In: _______. Clio Wired: The Future of the Past in the digital Age. New York:
Columbia University Press, 2011.
_______.; dAVId, Helen T. The Presence of the Past: Popular Uses of History in Ame-
rican Life. New York: Columbia University Press, 1998.
RÜSEN, jörn. Teoria da História: uma teoria da história como ciência. Curitiba: Ed.
UFPR, 2015.
SCHAPOCHNIK, Nelson. Contextos de leitura no Rio de janeiro do século XIX: salões,
gabinetes literários e bibliotecas. In: BRESCIANI, Stella (Org.) Imagens da cidade,
séculos XIX e XX. São Paulo: Marco Zero, 1994. p.147-162.
_______.; ABREU, Marcia (Org.) Cultura letrada: objetos e práticas. Campinas: Mer-
cado de Letras, 2005.
SPUFFORd, Margaret. Small Books and Pleasant Histories: Popular fiction and its
readership in seventeenth‐century England. London: Methuen, 1981.
STEINHAUER, jason. @HistoryinPics Brings History to the Public. So What’s the
Problem? Part 1. History@Work Blog, 18 February 2014. disponível em: http://
ncph.org/history-at-work/historyinpics-part-1/; Acesso em: 18 abr. 2016.
_______. @HistoryinPics Brings History to the Public. So What’s the Problem? Part 2.
History@Work Blog, 19 February 2014. disponível em: http://ncph.org/history-at-
-work/historyinpics-part-2/; Acesso em: 20 abr. 2016.
STEVENS, Mary. Public Policy and the Public Historian: The Changing Place of His-
torians in Public Life in France and the UK. The Public Historian, v.32, n.3, p.120-
138, Aug. 2010.
TOdOROV, Tzvetan; GOLSAN, Lucy. The morality of the historian. South Central
Review, The South Central Modern Language Association/johns Hopkins, v.15,
n.3/4, p.6-15, 1998.
jurandir Malerba
152
Revista Brasileira de História, vol. 37, n
o
74
•
pp. 135-154
TURIN, Rodrigo. História da historiografia e memória disciplinar: reflexões sobre um
gênero. História da Historiografia, Ouro Preto, n.13, p.78-95, 2013.
UFBERG, Max. Regular Guy from Boston decides to Map the City’s Entire History.
Wired, 2 january 2014. disponível em: http://www.wired.com/2014/10/ed-mccar-
thy-boston-history-mapper; Acesso em: 10 maio 2016.
VARELLA, Flávia F.; MOLLO, Helena M.; MATA, Sérgio R. da; ARAUjO, Valdei L.
de (Org.) A dinâmica do historicismo: revisitando a historiografia moderna. Belo
Horizonte: Argvmentvm, 2008.
VILLALTA, Luiz C. A história do livro e da leitura no Brasil Colonial: balanço histo-
riográfico e proposição de uma pesquisa sobre o Romance. Convergência Lusíada,
Rio de janeiro: Real Gabinete Português de Leitura, v.21, p.165-185, 2005.
_______. O que se fala e o que se lê: língua, instrução e leitura. In: NOVAIS, Fernando
A. (Coord.); SOUZA, Laura de M. (Org.) História da vida privada no Brasil, 1:
cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras,
1997. p.332-385.
WARdHAUGH, Ronald. Reading: A Linguistic Perspective. New York: Harcourt,
Brace & World, 1969.
WHITE, Hayden; dIMENdBERG, Ed. The Practical Past. Evanston, IL: Northwestern
University Press, 2014. Project MUSE. Web. 17 jun. 2016. disponível em: https://
muse.jhu.edu/.
NOTAS
1
Este artigo teve uma primeira versão elaborada para apresentação na mesa-redonda “Os
públicos da história: currículos, formação e ensino de História em debate”, no 9 Seminário
Nacional de História da Historiografia (Vitória, 24 maio 2015); depois refeita para 2
nd
INTH network conference “The Practical Past: on the advantages and disadvantages of
history for life” (ago. 2016). Agradeço aos organizadores e participantes desses eventos, a
Valdei Lopes Araújo, Fernando Nicolazzi e Matheus Pereira e aos três consultores ad
hoc acionados pela RBH pelas generosas leituras e sugestões. Os equívocos remanescentes
são de minha responsabilidade.
2
doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP). Professor Titular da Univer-
sidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Pesquisador CNPq.
3
Cf. MALERBA, 2010 e 2013, e a sugestiva resenha de André de Lemos Freixo (FREIXO,
2015, p.707-716). Também FUCHS, 2002; VARELLA et al., 2008.
4
de acordo com a proposta clássica de Ricoeur, as operações conduzidas pela semiótica
textual tornam-se uma parte do círculo hermenêutico na articulação das três mimesis. O
círculo semiológico torna-se uma das mimesis (II) que se encontra situada entre as outras
duas: a mimesis I ou a pré-figuração e a mimesis III ou a refiguração. Cf. REIS, 2006, p.17-
40; FERREIRA, 1999, p.81-94.
Os historiadores e seus públicos: desafios ao conhecimento histórico na era digital
153
Revista Brasileira de História, vol. 37, n
o
74
•
pp. 135-154
5
Consideramos a existência de outros circuitos produtores de conhecimento histórico (co-
mo os institutos históricos e os autodidatas) e formas diversas de produção e disseminação
de consciência histórica, num sentido mais amplo que a historiografia. A literatura, o tea-
tro ou o ensino escolar, pelo menos desde o século XIX, somando-se o rádio, a televisão e
o cinema, no século XX, assim o atestam. Na impossibilidade lógica de trilhar todos os
caminhos ao mesmo tempo, nosso foco neste artigo há de ser mais restrito, com ênfase na
historiografia. A preponderância da mídia livro e do historiador erudito apresenta nuan-
ces; porém, quando pensamos em termos de produção e circulação do conhecimento his-
tórico no período em tela, não há como diminuir a regra ante as exceções.
6
Expoentes da historiografia do livro e da leitura no Brasil incluem VILLALTA, 1997 e
2005; SCHAPOCHNIK, 1994; SCHAPOCHNIK; ABREU, 2005; ABREU, 2000.
7
Em outro belíssimo e erudito ensaio, Nicollazi perscruta as considerações a respeito da
leitura da história feitas pelo historiador e antiquário francês Claude-François Menestrier
em sua obra Les divers caracteres des ouvrages historiques, publicada em 1694. Cf. NICO-
LAZZI, 2013, p.63-77.
8
“A erudição que Thierry defende, portanto, é a erudição da leitura sobre os textos de
história, do trabalho erudito que o leitor deve dirigir aos escritos dos historiadores ou da-
queles que se ocuparam de escrever sobre o passado”. Cf. NICOLAZZI, 2010, p.532.
9
A situação se torna mais complexa a partir do século XX. Pari passu à construção do mo-
delo disciplinar, institucionalizado e vinculado ao projeto de consolidação da nação-Esta-
do, novas modalidades de escrita de viés mais popular, visando suprir uma nascente de-
manda social por história, começam a ser encetadas. O fenômeno é perceptível também no
Brasil. Cf. ARAÚjO, 2015.
10
Cf. MALERBA, 2014, p.27-50. Vale menção o dossiê da revista Estudos Históricos sobre
o tema (v.27, n.54, 2014) e os esforços da Rede Brasileira de História Pública (http://histo-
riapublica.com.br/), que, entre outros empreendimentos, promoveu o I e o II Simpósio
Internacional de História Pública (USP, 2012 e UFF, 2014) e algumas publicações de refe-
rência. Cf. ALMEIdA; ROVAI, 2011; também MAUAd; ALMEIdA; SANTHIAGO, 2016.
11
A questão da formação dos praticantes da história pública eu abordei no texto acima re-
ferido, destacando a diferença essencial entre o que ocorre em todos os lugares em que se
pratica a história pública, como nos Estados Unidos, Inglaterra ou Austrália, onde os pu-
Catálogo: pdf -> rbhrbh -> Reis Filho, Daniel Aarão Luís Carlos Prestes: um revolucionário entre dois mundosrbh -> Reis Filho, Daniel Aarão Luís Carlos Prestes: um revolucionário entre dois mundosrbh -> Rogers, Thomas The Deepest Woundsrbh -> Em 13 de maio de 1924, o jornal da imprensa negra o clarim d’Alvoradarbh -> Nascido em 7 de fevereiro de 1943 pertence ao corpo docente dorbh -> Revista Brasileira de História. São Paulo, V. 23, nº 45, pp. 261-280 2003rbh -> Revista Brasileira de História. São Paulo, V. 19, nº 38, p. 283-310. 1999rbh -> Revista n¼48 vol 24. qx4 Compartilhe com seus amigos: |