EPÍLOGO
Bela nunca imaginara que tamanha felicidade fosse possível.
Mas ela estava
felicíssima. Surreal, maravilhosa, radiantemente feliz. Deslizando pelo salão nos
braços de seu príncipe, ela sorria ao ver os rostos agora tão familiares. Viu seu
pai, livre e saudável. Avistou Lumière e Plumette dançando próximos. Viu Zip,
espremido entre o pai e a mãe, fingindo estar irritado, mas claramente adorando
a atenção. Horloge estava lá,
bem como a diva, o antigo guarda-roupa de Bela.
Ela valsou alegremente com seu maestro.
Esta, Bela pensou enquanto relanceava
pela sala,
é a minha família.
Ela ergueu a cabeça e encontrou os olhos azuis penetrantes do príncipe. Ele
sorriu e ela sentiu o calor do amor, agora familiar, irradiar por todo o seu corpo,
começando pelos dedos dos pés e viajando até a ponta das orelhas. Nas últimas
semanas, ela se pegou amando o príncipe
cada dia mais, vendo-o abraçar a vida
que lhe fora negada por tanto tempo.
Estou vivendo minha própria aventura, ela pensou enquanto ele a rodopiava
pelo salão. Bela encontrava uma vida fora da aldeia,
e ainda havia tantos lugares
para visitar e experiências para viver. Além de tudo, ela tinha achado um
parceiro que queria viajar e com quem poderia compartilhar todas essas
histórias.
E não há mais nada que eu poderia desejar. Exceto…
Sentindo Bela tensa em seus braços, o príncipe olhou para ela, estreitando os
olhos de preocupação.
— Bela… — disse ele. — Em que está pensando?
Ela parou por um momento para ponderar sua resposta e tentou não
rir quando
a expressão do príncipe se tornou mais aflita. Alcançando-o, ela passou a mão
em sua bochecha suave.
— O que você acha de deixar crescer a barba?
Com uma gargalhada, o príncipe puxou Bela para mais perto. Seus olhos se
fixaram nos dela e ele assentiu, em uma promessa silenciosa de sempre tentar ser
a melhor versão de si, a versão que ela acreditou ser possível
antes que ele
mesmo achasse isso. Então, ele a beijou. Quando ela fechou os olhos e se
entregou à magia do beijo, o mundo ao redor desapareceu até que restaram
apenas os dois, envolvidos em uma história tão antiga quanto o tempo. Bela
pensou no futuro — nas aulas de leitura que ela poderia
ministrar na biblioteca
do castelo para todos os estudantes da aldeia, nas viagens que ela e o príncipe
fariam, nas amizades com os habitantes do castelo que sem dúvida seriam para a
vida toda. Um conto que começou com “era uma vez” terminaria, Bela tinha
certeza disso, com “felizes para sempre”.
DE
SERENA VALENTINO
Um príncipe amaldiçoado se isola em seu castelo.
Poucos o viram, mas aqueles
que conseguiram tal proeza afirmam que seus pelos são exagerados e suas garras
são afiadas – como as de uma fera. No entanto, o que levou esse príncipe, que já
foi encantador e amado por seu povo, a se tornar um monstro tão retraído e
amargo? Será que ele conseguirá encontrar o amor verdadeiro e pôr
um fim à
maldição que lhe foi lançada?
Em
A fera em mim, conheça a história por trás de um dos mais cativantes e
populares contos Disney de todos os tempos:
A Bela e a Fera!