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Para
a maioria das pessoas, iniciar e manter níveis satisfatórios de ativi-
dade física e alcançar boa condição nos componentes básicos da
aptidão física
relacionada à saúde, requer um certo esforço individual. De fato, nas socie-
dades urbanas modernas, níveis adequados de atividade física e de aptidão
física somente são mantidos quando uma forte motivação está continuamente
presente; quer dizer, quando o indivíduo percebe os benefícios deste compor-
tamento como de grande valor para sua vida, superando
as dificuldades para
realizar tais ações, e quando as forças sociais oferecem mais facilitadores do
que barreiras.
Parece claro, também, que a motivação para a prática regular de ativida-
des físicas, para a saúde e o bem-estar
ou para desenvolver a aptidão física,
é resultante de uma complexa interação de diversas variáveis psicológicas,
sociais, ambientais e até genéticas. Enquanto alguns fatores que podem in-
fluenciar os comportamentos são difíceis de modificar, como a hereditariedade,
a escolaridade e o nível socioeconômico, outros são modificáveis através da
informação, de experiências agradáveis, do desenvolvimento de habilidades
para tais comportamentos e pela redução de barreiras
que dificultam ou im-
pedem essas mudanças. Nunca é demais lembrar que a Educação Física,
junto com outras profissões da saúde, tem um importante papel social neste
processo educativo para um estilo de vida saudável e para uma vida com mais
qualidade, independentemente da idade, do sexo, nível socioeconômico ou
condição funcional da pessoa.
Entre os diversos fatores que predispõem ou dificultam a modificação
comportamental, destacam-se: o conhecimento, a atitude, as experiências an-
teriores, o apoio
social de familiares e amigos, a disponibilidade de espaços
e instalações, as barreiras percebidas pelas pessoas (falta de tempo, distância
até o local de prática, falta de recursos financeiros, entre outras) e as normas
sociais (leis, regras e regulamentos).
Considerando as oportunidades e barreiras que as pessoas enfrentam em
seu dia a dia, é preciso que:
se conscientizem da importância da atividade física
regular para a
saúde e a qualidade de vida (
informação);
desenvolvam o desejo de aplicar tais conhecimentos (
atitudes favo-
ráveis); e
se motivem para realizar tais intenções de forma continuada (
ação e
manutenção).
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Para tanto, políticas públicas, programas comunitários e institucionais,
além de ações individuais, precisam ser considerados na promoção de estilos
de vida mais ativos e saudáveis nos diferentes contextos (escolas, ambiente
de trabalho, centros de atenção básica à saúde e ambientes comunitários em
geral).
Nas
escolas e universidades, deve-se facilitar mudanças no conhecimento,
nas atitudes e ações dos estudantes – almejando, particularmente, os que mais
podem se beneficiar: os menos ativos, os de baixa aptidão física,
aqueles com
pouca habilidade motora, com excesso de peso e pessoas com deficiências de
qualquer ordem. Isto possibilita a tomada de decisões bem informadas sobre
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