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um fator de fundamental importância, tanto
em eventos esportivos como
nas atividades do dia a dia de qualquer pessoa, seja no trabalho ou lazer.
A aptidão cardiorrespiratória de um indivíduo,
produto da atividade física
regular, depende, pois, das qualidades específicas do sistema de transporte
de oxigênio – coração, pulmões, sangue e vasos sanguíneos, e da capa-
cidade das fibras musculares de utilizarem o oxigênio transportado para
produzir energia. É importante lembrar que existe um componente genético
que influencia a aptidão física de cada um de nós,
fazendo com que alguns
tenham mais facilidade para realizar certas tarefas motoras. Isto não quer
dizer, porém, que alguém que não tenha essa tendência genética não possa
desenvolver um nível satisfatório de aptidão física para a vida, com todos
os benefícios para a saúde.
Para melhorar e manter a aptidão física e a saúde,
uma pessoa precisa
desenvolver o músculo cardíaco e os demais componentes do sistema cardior-
respiratório. Os exercícios que se prestam a este desenvolvimento orgânico
são chamados
aeróbicos, e incluem atividades de média e longa duração (10
minutos, pelo menos) e intensidade moderada a vigorosa, de caráter dinâmico
e rítmico –
como a caminhada, a corrida, o ciclismo, o remo, a natação, as
danças em geral e a ginástica aeróbica. Quando o esforço realizado se torna
mais intenso, entra em cena um outro sistema de produção de energia: o
sistema
anaeróbico, que permite que esses esforços
sejam realizados mesmo
sem o adequado fornecimento de oxigênio, mas por um período curto (2-3
minutos em esforços muito intensos). Exemplos de atividades intensas e que
requerem a participação do metabolismo anaeróbico são os esforços de com-
petição, o trabalho pesado ou a corrida rápida, que provocam um aumento
significativo na respiração e na frequência cardíaca,
geralmente produzindo
bastante suor.
A percepção do esforço realizado é uma característica individual, depen-
dente de vários fatores, como a aptidão física individual e o tamanho corporal.
As
condições ambientais (como calor, umidade, frio e vento) e a
condição de
saúde (como uma infecção ou uma gripe), fazem com que um esforço médio
seja percebido como muito intenso.
Por isso, é importante associar aos indi-
cadores fisiológicos de esforço (frequência cardíaca, por exemplo) indicadores
subjetivos, como a
Escala de Percepção de Esforço de Borg, que proporciona
uma medida fidedigna e isenta de fatores ambientais ou uso de medicamentos
que podem interferir nas medidas fisiológicas.