Conflitos Armados
Apesar de a Guerra Fria ser marcada pela ausência de um conflito armado entre ambas as potências mundiais, Estados Unidos e União Soviética se envolveram em outras guerras locais ao redor do mundo.
A Guerra do Vietnã (1959-1975) está entre os conflitos mais marcantes do período, sobretudo pela participação direta de soldados norte-americanos e soviéticos. Os soldados norte-vietnamitas, os vietcongues, que lutaram ao lado do exército soviético, tinham extremo conhecimento sobre o território do país, o que causou grandes problemas para os norte-americanos que lutaram na ocasião e gerou um número expressivo de mortes. Esse é considerado o primeiro conflito em que os Estados Unidos foram derrotados e forçados a deixar o território - o qual tornou-se socialista.
A Guerra da Coréia (1951-1953) também foi outro conflito significativo. Os soviéticos ficaram ao lado da Coréia do Norte, enquanto os Estados Unidos defenderam a Coréia do Sul. A guerra foi desencadeada pela pressão para que o território coreano adotasse o socialismo como ideologia política. Devido aos impasses político-ideológicos, a guerra foi encerrada com a decisão de dividir a Coréia em duas partes, seguindo o paralelo 38. Assim, o norte ficou sob influência soviética, e o sul sob influência norte-americana.
Também chamado de macartismo, a caça às bruxas foi a perseguição do governo norte-americano aos socialistas ou aos simpatizantes desse ideal no país. Para muitos, essa atitude foi considerada perigosa e sinalizava a possível transformação da Guerra Fria em um conflito armado.
Crise dos Mísseis (16-28 outubro de 1962)
Estados Unidos e União Soviética fugiram do conflito armado direto, mas as duas potências enfrentaram uma enorme pressão no episódio que ficou conhecido como Crise dos Mísseis. Na ocasião, a União Soviética instalou mísseis nucleares em Cuba, território extremamente próximo ao solo norte-americano e com ampla possibilidade de um ataque fácil ao país. Depois de uma negociação tensa, os Estados Unidos se comprometeram a não invadir Cuba, agora comandada por Fidel Castro, desde que os mísseis soviéticos fossem retirados de lá.
Alemanha na Guerra Fria
A Alemanha foi um local de extrema importância durante a Guerra Fria, porque ali a polarização manifestou-se de forma intensa. O país foi dividido em zonas de influência, no fim da 2ª Guerra, e elas resultaram no surgimento de duas Alemanhas: a Alemanha Ocidental, aliada dos EUA, e a Alemanha Oriental, aliada da URSS.
Essa divisão também foi refletida em Berlim que, a partir de 1961, foi dividida por um muro construído pelo governo da Alemanha Oriental, em parceria com a União Soviética. Os comunistas queriam colocar fim a evasão de população da Alemanha Oriental para Berlim Ocidental. O Muro de Berlim permaneceu de pé por 28 anos e foi o símbolo da polarização causada pela Guerra Fria.
Compartilhe com seus amigos: |