CAVALO-MARINHO
O Cavalo-m arinho é m ais um a das tantas criaturas em ersas do rio
Am azonas, um rio tão pródigo delas. Ao contrário da m aioria dos seus colegas,
porém , esta criatura não é feroz nem tem o hábito de sair por aí exercitando os
seus dotes sensuais de conquistador.
Seu pelo é alvíssim o – um a testem unha ocular afirm a que ele possui tanto
pelo nas ancas “que parecem um colchão” –, e sua crina, assim com o a cauda, é
tecida do m ais puro ouro. Os olhos são tristes com o os do ser hum ano, e na sua
testa brilha um a estrela, que tam bém é naturalm ente dourada.
Nosso hipocam po brasileiro não está subm etido a Netuno nem a deus
algum . É um ser discreto e pacífico, que em erge e volta para as águas do
Am azonas a seu bel-prazer.
Segundo os estudiosos, o Cavalo-m arinho não pode ser criação indígena j á
que os nativos não conheciam o cavalo até a chegada dos portugueses. Porém ,
incorporado rapidam ente às lendas nativas, o Cavalo-m arinho tornou-se popular
nas regiões am azônicas, onde continua a fazer suas aparições fugazes m as
inesquecíveis.
Ninguém até hoj e conseguiu extrair um só fio de ouro da sua crina ou da
sua cauda.
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