CAPELOBO
O Capelobo é um a m istura grotesca de quase todos os m onstros do nosso
folclore.
Ele tem origem no Pará e no Maranhão. No rio Xingu, a sua fam a está tão
arraigada que quase não há índio vivo que não lhe guarde o m edo m ais profundo.
A explicação, decerto, está na crença de que todo índio, depois de m uito velho,
term ina se transform ando neste ente bizarro.
Capelobo quer dizer “lobo torto”, um lobo fora do esquadro, e é o que ele
parece j ustam ente ser com a sua conform ação esdrúxula. Sua form a varia
conform e o local da sua aparição. No Maranhão, além de ter o nom e
ligeiram ente alterado (ali ele se cham a Cupelobo), ele possui um focinho de
tam anduá, ao contrário das outras regiões, onde se apresenta com o focinho de
um a anta ou de um cachorro.
O restante do seu corpo tam bém está envolto em controvérsias: enquanto,
para alguns, ele possui o corpo de um a anta, para outros possui um corpo
sem elhante ao do hom em , só que recoberto de pelos.
Há ainda outra excentricidade, que aproxim a o Capelobo do Saci: segundo
alguns estudiosos, ele possui apenas um a perna – ou, pelo m enos, um a única pata
–, que é redonda com o a do Pé de garrafa.
Com o a m aioria dos nossos m onstros, o Capelobo tam bém anuncia a sua
chegada por m eio de um a gritaria infernal.
O Capelobo costum a abraçar-se à sua vítim a com o a um velho am igo. Só
que as am abilidades term inam quando ele introduz repentinam ente a sua trom ba
aguda no crânio da vítim a e põe-se a sugar aquele que parece ser o seu alim ento
predileto: o cérebro hum ano.
O Capelobo, no entanto, não é som ente antropofágico: ele alim enta-se
tam bém de filhotes de cães e de gatos, e pode ser m orto se for atingido, tal com o
o Mapinguari, bem no m eio do um bigo.
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