A RAPOSA E O TUCANO
Certa feita, a raposa decidiu pregar um a peça no tucano.
– Ó, am igo tucano, venha com er lá em casa!
Envaidecido pelo convite, o tucano aceitou na hora. Quando chegou à casa
da raposa, esta lhe serviu um m ingau num a esparrela com prida e rasa.
– Com a à vontade! – disse a raposa, preparando-se para rir.
O pobre tucano tentou com er o m ingau espalhado, m as o seu bico não
conseguia recolher nada a não ser um as reles gotinhas e, de tanto bicar a
esparrela, acabou com o bico enorm e rachado.
O tucano partiu, m as decidiu se vingar.
– Adorei a sua hospitalidade – disse ele, dias depois. – Agora, é a sua vez de
aparecer lá em casa.
A raposa, tornando-se subitam ente ingênua, aceitou.
– Muito bem , lá estarei, na hora m arcada.
Quando chegou o dia, a raposa foi obsequiada com o m esm o m ingau, só
que ele foi servido num a j arra de gargalo estreito. O tucano enfiou o bico lá
dentro e se deliciou à vontade, enquanto a raposa, com seu focinho curto, não
conseguia lam ber nem um a gotinha.
No fim das contas, a desgraçada ficou com o focinho entalado e acabou
m orrendo sufocada.
E foi assim que a raposa, m etida a graciosa, levou o seu troco.
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