COMO SURG IRAM AS ESTRELAS
Tudo com eçou quando um grupo de m ulheres andava na floresta socando
m ilho para fazer pães e bolos para os seus m aridos, que estavam na caça. Um
indiozinho que estava por ali surrupiou da m ãe boa parte do m ilho e fugiu,
escondido. Ao chegar em casa, pediu à avó que preparasse um pão de m ilho
para ele e seus am iguinhos.
O bolo foi sovado e assado, e as crianças com eram até se fartar! Depois,
com m edo de serem punidos, resolveram cortar a língua da vó para que ela não
pudesse denunciá-los.
Em seguida, fugiram para a m ata, onde am arraram uns nos outros todos os
cipós que encontraram pendurados nas árvores.
– Cham em o colibri! – gritou um deles.
O colibri surgiu, pequenino, batendo as asas.
– Tom e esta ponta no bico e suba até o m ais alto céu! – ordenou o garoto.
A avezinha tom ou a ponta do cipó gigante e subiu até sum ir nas nuvens.
Im ediatam ente, os indiozinhos com eçaram a subir pela corda, enquanto o
colibri a sustentava do alto.
Neste m eio-tem po, as m ães j á tinham chegado à taba e descoberto o que
tinha acontecido. Ao olharem para longe, avistaram os m eninos subindo aos céus
pelo cipó.
Juntas, correram para a m ata pedindo a eles que descessem , pois tem iam
que caíssem . Ao verem que eles não desceriam j am ais, as m ulheres puseram -se
a subir pelo m esm o cipó.
De repente, um som pavoroso ecoou nos céus e a corda caiu, trazendo
j unto todas as m ães. Antes, porém , de chegarem ao chão, elas transform aram -se
em feras, e foi assim que passaram a viver sobre a terra. Os indiozinhos, por sua
vez, com o j á estavam no céu, não conseguiram m ais voltar. Desde então são
obrigados, com seus olhinhos brilhantes, a assistir lá de cim a o desfile perpétuo
das m ães convertidas em anim ais ferozes.
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