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restaurantes, museus, produção associada ao turismo e outros);
•
Transporte: É a disponibilidade de transporte
para o visitante da
origem até o destino e dentro do próprio destino, incluindo aviões e
vôos, taxis, trens, navios e outros meios que possibilitem a visitação;
•
Hospitalidade e recursos culturais: São temas relacionados à cultura
local do destino, como línguas, religião, costumes e comportamentos
de trabalho e lazer, a cortesia, amizade e
vontade de receber bem dos
moradores daquela localidade.
Logo, a oferta turística é tudo aquilo que faz parte do consumo do turista,
podendo ser bens, serviços públicos e privados,
recursos naturais e culturais,
eventos, atividades recreativas, dentre outros (DIAS, 2005).
Para entender o que se deve oferecer e como compor a oferta turística, é
preciso antes abordar o conceito de consumo turístico.
O consumo turístico pode ser definido como a aquisição de bens e
serviços com objetivo de satisfazer às necessidades
que motivaram a viagem do turista
10
10
O consumo é referente a todos os gastos feitos para a preparação (vacinação,
passaporte, aquisição de malas), para a realização (visitação, hospedagem,
alimentação e outros serviços) ou mesmo posteriores à viagem (
souvenir,
excesso de bagagem, revelação de fotos etc.). O consumo dos visitantes não
se restringe às atividades ligadas diretamente à viagem, mas também a toda
atividade de suporte para fazer da viagem uma experiência agradável. Assim,
se o visitante não encontra na oferta turística todos os recursos para atender
suas
necessidades e desejos, pode haver frustração em relação ao destino.
Como visto, a oferta turística é tudo que está disponível para o turista, sendo
composta dos diversos produtos turísticos de uma localidade, devendo
estar
organizada para ser oferecida e gerar experiências positivas para um visitante
com demandas específicas.
Não é adequado que uma localidade dependa de um único produto,
principalmente se ele for sazonal (o turismo de sol e praia, por exemplo,
aumenta seu fluxo no período de verão), mas sim oferecer um cardápio de
produtos, tais como eventos locais vinculados
a datas comemorativas, que
possam atender os visitantes em diferentes períodos do ano (IGNARRA, 1999).
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DIAS, 2005.
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Deve-se então fazer uma análise aprofundada da oferta turística de uma
região, cidade, ou localidade para que se possa entender as possibilidades de
composição de diferentes produtos para os diferentes perfis de visitantes que
se deseja atender.
Como exemplo pode-se citar o Estado de São Paulo. A oferta deste Estado é
bastante diversificada, desde centros de convenções e parques de exposição
de feiras, como fazendas de café e clubes de campo. Porém, para atingir o
melhor resultado, a oferta deve ser organizada
e segmentada para atender
diferentes perfis de visitantes.
Pode-se afirmar que a cidade de São Paulo é um centro comercial, e as áreas
de exposições, juntamente com restaurantes nas proximidades e meios de
hospedagem para pernoite dos visitantes, podem ser
interessantes para
turistas de negócios e eventos.
Porém esta mesma composição poderia não ser adequada para os turistas de
lazer e descanso, interessados em contato com a natureza. Para estes, pode ser
oferecida outra composição, com base em visitas as fazendas e hospedagem
em hotéis de campo.
Note que a oferta turística do Estado possibilita diferentes combinações
direcionadas para visitantes com interesse distintos. É desta forma que a oferta
turística, combinando os produtos turísticos segmentados, pode atender
diferentes expectativas dos turistas deste estado.
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