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4 ESTUDO DE CASO
4.1 CARACTERIZAÇÃO
DA EMPRESA
Empresa familiar iniciou suas atividades em 1955 no comércio de tecidos, secos e
molhados. Com o passar do tempo, o empreendimento foi mudando o foco do seu negócio e
fortaleceu-se no ramo supermercadista.
Ao longo dos anos, o supermercado passou por várias e sérias mudanças e
transformações, enfrentando crises, recessões, endividamentos,
entre outros problemas
comuns que passam a maioria das empresas para sobreviver no Brasil. A empresa sempre
apresentou espírito empreendedor e procurou estar à frente em seu setor. Por isso, a empresa
esteve constantemente disposta a investir em qualquer novidade tecnológica que se revertesse
em melhorias, seja na eficiência em custos, na rapidez no atendimento ou em qualquer outra
forma que agregasse valor em seus produtos e serviços e desse bons resultados.
4.2 NÃO CONFORMIDADES DE ESTOCAGEM
Segundo Ratto e Land (2003), o segmento de varejo de alimentos, dentre todos, é o
mais propenso a apresentar perdas financeiras à empresa. Um dos fatores que favorece a essa
realidade é a grande quantidade de produtos perecíveis que giram nos supermercados. Essas
perdas ocorrem das mais variadas formas, desde erros no cadastro de produtos,
formas
inadequadas de exposição dos itens, passando por casos em que uma mercadoria cai ao chão e
quebra-se, até aquela que é degustada por um cliente, fornecedor ou funcionário.
As perdas nos produtos perecíveis correspondem a 58% da organização, (RATTO;
LAND, 2003). Tais perdas acontecem muitas vezes devido à má estocagem dos produtos, e
essa realidade não é uma exceção no Supermercado. Com o estudo realizado na organização
citada, identificaram-se algumas não conformidades de estocagem:
Produtos perecíveis com a sua embalagem danificada;
Prateleiras úmidas, e com sujeiras;
Produtos pequenos estocados de tal forma que facilita o desaparecimento do
mesmo;
Os produtos estocados não seguem nenhuma política de organização,
como por
exemplo, por setor, ordem alfabética, ou por volume de venda;
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Máquinas, gôndolas e prateleiras desativadas são guardadas juntamente no
estoque de mercadorias, não havendo um descarte próprio para tais itens.
Quanto às máquinas e outros equipamentos desativados que permanecem no interior
do estoque, devem obter um descarte próprio, já que, se continuarem naquele local,
podem
colocar em risco a qualidade das mercadorias. Isso pode acontecer porque os pingos de água
que caem sobre as prateleiras entram em contato também com estes itens descartados, dos
quais alguns são constituídos de ferro ou de alumínio, fazendo com que caia ferrugem sobre
os produtos.
Uma das várias formas de se eliminar ou de controlar o desperdício e diminuir as não
conformidades de estocagem é elaborar um bom plano de ação com início, meio e fim das
tarefas a serem executadas dentro do setor, bem como acompanhar os resultados alcançados e
elaborar novos mecanismos de prevenção, de acordo com os objetivos almejados.
4.3 PRODUTOS QUE MENOS CONTRIBUEM PARA O RENDIMENTO DA EMPRESA
Para perceber quais são os produtos que menos contribuem com a receita da
empresa, foi realizada uma pesquisa no Supermercado que teve o objetivo de colher preços de
custo e de venda de dez (10) produtos aleatórios. É
importante ressaltar que, no preço de
custo, já está incluso o imposto e o frete pago pela aquisição do produto. Com estes dados foi
possível calcular a Margem de Contribuição em reais (MC R$) de cada um dos 10 (dez)
produtos, para identificar quais deles contribuem menos para o rendimento da organização.
A fórmula da Margem de Contribuição é a seguinte: MC= PV-PC-I, em que PV é o
preço de venda do produto, PC é o preço de custo/aquisição e I é o imposto. Como citado
anteriormente, nos cálculos apresentados no presente trabalho, o imposto já está incluso no
preço de custo do produto. Segue abaixo um quadro com os cálculos
da Margem de
Contribuição de cada produto em ordem de rendimento:
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Quadro 1
Cálculos da Margem de Contribuição
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